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TRABALHO DA DISCIPLINA DE QUÍMICA FEITO PELOS ALUNOS DOS CURSOS TÉCNICOS

Os alunos dos cursos de Estética e Imagem Pessoal realizaram trabalhos em grupo na disciplina de Química com os seguintes objetivos:

Conhecer os principais desinfetantes e esterilizantes de uso comum em Estética e Imagem Pessoal, suas propriedades, formas de uso, características e riscos em potencial.

O trabalho deveria seguir às normas da ABNT, excluindo-se os anexos. As principais informações contidas no trabalho seriam:

Grupo químico ao qual pertente – função química;

Propriedades da substância;

Classificar a substância em desinfetante e/ou esterilizante;

Principais Reações Químicas que sofrem: com quais tipos de substâncias reagem e o que formam (características químicas);

Modo de produção e como são encontrados no mercado;

Curiosidades: vantagens e desvantagens, etc.

Um dos trabalhos de destaque teve como o tema a substância FENOL e apresentou aplicações muito interessantes para essa substância na área de Beleza.

“Os fenois ou ácido carbólicos são compostos orgânicos caracterizados por terem uma ou mais hidroxilas ligadas a um anel benzênico, ou seja, a um hidrocarboneto aromático.

 GRUPO QUÍMICO AO QUAL PERTENCE:

Assim como os álcoois, os fenois pertencem ao grupo OH (que são as hidroxilas), ligado a um hidrocarboneto. Porém, a estrutura de ressonância do anel aromático do fenol estabiliza a base conjugada, fazendo com que os fenois sejam mais ácidos que os álcoois. Além do caráter ácido, os fenois também são tóxicos, pouco solúveis em água, sólidos e incolores.

PROPRIEDADES DA SUBSTÂNCIA

Fórmula:                   C6H6OH

Densidade:                1,07 g/cm3

Ponto de Fusão:        40,5oC

Ponto de Ebulição:   182oC

IUPAC: Phenol

Fenois possuem propriedades antioxidantes devido a sua capacidade de doar um hidrogênio para radicais livres mais reativos, formando um radical estabilizado por ressonância, menos reativo.

Por esse motivo, derivados fenólicos são empregados na indústria cosmética para combater os efeitos de envelhecimento celular causados por radicais livres, como nos cremes antirrugas.

CLASSIFICAÇÃO E UTILIZAÇÃO DA SUBSTÂNCIA

São muito usados na fabricação de perfumes, cosméticos, indústria alimentícia, adesivos, resinas, tintas, vernizes, corantes e explosivos.

Eles possuem ação desinfetante e bactericida, nas fazendas, usa-se uma mistura de fenois, conhecida como “creolina”, para desinfetar o local onde se ordenham as vacas, a fim de evitar contaminação do leite.

O primeiro fenol a ser utilizado e que possui maior aplicação até hoje é o fenol comum ou ácido fênico, sem diluição ou junção com outras substâncias. Seu uso se deu no início do século XIX, quando foi obtido por meio do alcatrão de hulha.

A hulha é um carvão mineral. O carvão mineral é formado por troncos, raízes, galhos e folhas de árvores que cresceram há milhões de anos em pântanos rasos. A hulha é o carvão em estado líquido, com maior interesse econômico, arde facilmente e tem elevado poder calorífico.

Ele passou a ser usado como antisséptico e, a partir de 1865, como desinfetante de instrumentos cirúrgicos e na assepsia geral dos hospitais, o que representou uma grande queda no número de mortes por infecções hospitalares.

Porém, esse composto é tóxico, de cheiro forte e irritante à pele e, com o tempo, foi substituído por outros bactericidas, sendo que muitos também são fenois, tais como o 4-hexil-resorcinol e o hexaclorofeno.

O fenol é ainda hoje usado na produção de baquelite (plástico de cabos de panelas, aparelhos telefônicos dentre outros), corantes orgânicos e medicamentos, como por exemplo, o 2,4,6-trinitrofenol, usado na fabricação de pomadas para queimaduras, que possuem o princípio ativo no picrato de butambeno, não existe o risco de absorção tóxica.

A hidroquinona e o resorcinol são fenois muito indicados por dermatologistas para o tratamento de manchas na pele. Inclusive um deles é usado no peeling, procedimento feito em consultório médico que provoca a descamação da pele e a formação de um novo tecido sem manchas.

A hidroquinona também é usada como revelador fotográfico.

Fenol na natureza:

Muitos odores característicos, como o do orégano, da baunilha e do cravo-da-índia, são originados por fenois, como mostrado abaixo:

O eugenol, presente no cravo da Índia, é um fenol, ou seja, apresenta um grupo hidroxila ligado diretamente a um anel aromático. Ele pode constituir cerca de 80% do óleo de cravo, sendo este empregado como analgésico, antisséptico, no tratamento de distúrbios do aparelho digestivo (náuseas, flatulência) e até mesmo como afrodisíaco.

A carqueja é uma planta usada para fazer um chá que é indicado para combater gastrite, má digestão, azia, cálculos biliares e prisão de ventre. Entre os principais constituintes da carqueja está o carquejol, que é o fenol 2-isopropenil-3-metilfenol.

Infelizmente, temos também um fenol que tem sido responsável por graves problemas sociais, pois é o principal componente ativo da maconha, o THC (tetra-hidro-carnabinol).

A baunilha é única orquidácea de emprego alimentício, era usada pelos astecas para a aromatização do chocolate,  preparado por eles como bebida.

Essa planta produz vagens alongadas, cheias de pequenas sementes, ricas em um aldeído fenólico chamado vanilina. Atualmente muito usada em cosméticos e perfumaria, além da indústria alimentícia.

MODO DE PRODUÇÃO

Rhodia amplia produção de fenol e acetona.

Além dos 85 anos de atividades no Brasil, a Rhodia comemora em 2004 a expansão de 27% da capacidade de produção da fábrica de fenol e acetona de Paulínia – SP.

O investimento de US$ 10 milhões possibilitou um salto na produção anual de fenol, de 135 mil t para 165 mil t, e a produção de acetona, subproduto do processo, foi elevada para 101 mil t. Além do reforço de caixa que garantirá à Rhodia, a produção adicional será importante para diversas cadeias produtivas à jusante da empresa de origem francesa, única fornecedora do produto a fabricá-lo no país.

A importância do investimento também pôde ser comprovada pela presença do presidente mundial do grupo, o francês Jean-Pierre Clamadieu, na cerimônia de inauguração da nova unidade produtiva, em junho, no complexo de Paulínia. 



O fenol é produzido a partir de cumeno (isopropilbenzeno) fornecido pela Unipar (a empresa também expandiu sua produção, de 190 mil t/ano para 220 mil t/ano), e cerca de 40% da produção é consumida já na fábrica de Paulínia. A Rhodia hidrogena o fenol para produzir ciclohexanol, usado na produção de ácido adípico. O ácido reage, em meio nítrico (o ácido nítrico também é produzido na fábrica), com a hexametileno diamina (HMD), resultando no adipato de hexametileno diamina, sal orgânico que a empresa polimeriza para produzir poliamidas. Anualmente, a produção total de químicos em Paulínia chega a 650 mil t. 

 
 

CURIOSIDADES

Fenol: nova arma contra as rugas.

A técnica promete dar novo aspecto à pele, normalizando a pigmentação, atenuando marcas e minimizando as rugas.

O Fenol é tóxico para as células, ele penetra na pele, rompendo as pontes de enxofre da queratina, provocando assim a famosa descamação dos peelings. O fenol é absorvido e depois excretado pela urina.  

Quando ocorre muita concentração no sangue pode ter efeito tóxico no miocárdio, provocando taquicardia e contrações ventriculares prematuras, por exemplo. “Como tudo na medicina, devemos ter muita cautela e prevenção”.

Para isso, o paciente deve realizar um check-up clínico para diagnosticar alguma doença que não se tenha citado. “Lembrar que ocorre um edema (inchaço) importante no local aplicado, portanto é recomendado que o paciente não marque nenhum compromisso após a aplicação do Fenol”, recomenda o Dr. Tomas Kim, especialista em Medicina Estética e pesquisador independente de produtos usados em Estética.

Como precaução, deve-se evitar utilizar o peeling de fenol nos pacientes que registrem: doença cardíaca, renal e hepática; aparecimento de herpes; exposição frequente aos raios UV; uso recente de isotretinoína;  instabilidade psicológica e pele com predisposição a queloides.

“Se o profissional que for aplicar o fenol exagerar na dose ou aplicá-la em locais incorretos, poderá ocorrer o mesmo mecanismo de uma das complicações da toxina botulínica: a perda de expressão – chamada de “face congelada”, diz o Dr. Tomas Kim.

Pessoas com doenças crônicas degenerativas, como diabete descompensado e doenças autoimunes não controladas, também devem evitar esse tipo de procedimento.

A nova evolução do FENOL

 

Após os anos 80, surgiram novas técnicas que utilizavam o fenol como agente de peeling, com o objetivo de facilitar ainda mais a aplicação do peeling de Fenol clássico (45% a 55%) com máscara”.