As manchas/ discromias, são responsáveis por grande parte das queixas de pessoas que buscam auxílio do profissional esteticista.
Tecnicamente, denominamos discromias aos distúrbios de coloração observados na pele ou pêlos. Eles podem ser caracterizados como hipercromias (quando há aumento da coloração) ou hipocromia (quando há despigmentação, com formação de manchas brancas). As desagradáveis manchas podem ser de origem genética, metabólica, nutricional, endócrina, inflamatória, infecciosa, neoplásica.
Tendo em vista este aspecto nos deparamos com a multiplicidade de fatores que podem desencadear as manchas e a variação dos graus de comprometimento dessas pintas atingindo desde a auto-estima até a integridade física e a saúde do indivíduo.
Segundo o Instituto Nacional do Câncer (INCA) o câncer de pele é um dos tipos mais comuns de neoplasias, correspondendo a 25% dos tumores malignos registrados no Brasil. As pessoas mais acometidas são aquelas de pele clara, com idade superior a 40 anos, com doenças cutâneas prévias.
Apesar de não estar autorizado a fazer diagnósticos sobre alterações dermatológicas, o esteticista deve ter um olhar atento e suspeitar de nevos que exibam características de malignidade aconselhando a consulta com um dermatologista.
Sinais de Alerta:
A- ASSIMETRIA Ao traçar uma linha imaginária que secciona a pinta no meio, suas metades devem ser praticamente iguais. Na pinta maligna isso não acontece.
B- BORDA As lesões benignas possuem bordas simétricas. As malignas costumam ser irregulares.
C- COR Lesões benignas geralmente apresentam coloração uniforme. Fique atento à presença de diferentes tons (azuis, acinzentado, preto) numa mesma pinta.
D- DIÂMETRO Uma lesão maligna normalmente é maior que a ponta não-escrevente de um lápis.
O excesso de exposição solar é o principal responsável pela formação de neoplasias cutâneas. Em decorrência da destruição da camada de ozônio, os raios UV-B, que estão intrinsecamente relacionados ao surgimento do câncer de pele, têm aumentado progressivamente sua incidência sobre a Terra. Medidas simples podem ser adotadas para a prevenção do câncer de pele:
• evitar a exposição solar no período compreendido entre 10 e 16 horas;
• usar filtro solar com fator de proteção solar mínimo de 15. Com retoque após intensa sudorese ou a cada 2 horas;
• usar chapéus, óculos escuros, roupas e guarda-sol que auxiliem a proteção.
A formação do esteticista é fundamental no processo de identificação de condições de pele “suspeitas”. Deve-se observar, orientar e encaminhar o cliente, se necessário. Evite alarmá-lo! Sugira cuidados. Ele certamente ficará satisfeito em receber cuidados em sua beleza e sua saúde.
Lembre-se: saúde é beleza!
Valéria Boroni Nascimento
Fisioterapeuta
Referências Bibliográficas:
http://www.sbcd.org.br/
http://www.dermanet.com.br/alerta.htm
http://www.inca.gov.br